terça-feira, 29 de novembro de 2011

A FORMAÇÃO DOCENTE NA ERA DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA

Uma reflexão no Dia Nacional da EAD - 29 de novembro

Na era da obsolescência programada a antiga e tradicional educação, praticada nas escolas, vem encontrando dificuldades em garantir a permanência de jovens nos bancos da sala de aula, pois cercados e guiados pela planejada curta duração de bens e produtos, os alunos, principalmente do ensino médio, constroem uma visão deturpada sobre o ambiente escolar e vêem como lentos os resultados obtidos frente as suas diferentes expectativas de vida.

Esse “modelo de educação”, almejado pelos jovens, está forjado, até de forma inconsciente, pelo anseio de um ensino predominantemente pragmático ou "instrumentalista" (termo preferido por John Dewey) e menos enciclopédico que, na ótica desses alunos, significa valorizar os conteúdos das disciplinas a partir da sua importância para a resolução de problemas reais. Na prática é representado pela famosa e recorrente pergunta dos alunos: “pra que eu vou aprender isso?!”

Enquanto os alunos enfrentam a odisséia da busca de aprender algo significativo para a sua vida, os professores encontram, no ato de ensinar, o desafio de relacionar informações, representadas em diferentes formas, para ajudar seus alunos na construção do conhecimento.

Saber vencer as barreiras existentes no ato de ensinar passa, necessariamente, pelo tema “formação de professores”. Embora muito discutido, o tema ainda encontra a resistência de muitas universidades em mudar/atualizar seus currículos, preferindo manter em seus cursos de licenciatura um viés mais conteudista deixando de estimular, nos futuros docentes, a construção de competências necessárias para dar sentido aos conteúdos programáticos das suas respectivas disciplinas.

O texto no link é um artigo da pesquisadora RAQUEL GOULART BARRETO que, mesmo sendo de 2004, mostra-se atual para uma reflexão, especialmente hoje - Dia Nacional da EAD, sobre a formação e o papel do educador na era do “acesso em massa” de informações e de dados (nem sempre confiáveis), via Internet e, na contra-mão, a pouca ou limitada capacidade dos nossos jovens educandos em construir conhecimentos.

Anderson Boanafina
Artigo: Tecnologia e Educação: Trabalho e Formação Docente

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