quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A FORMAÇÃO DOCENTE E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EM SAÚDE.

Um dos grandes desafios da educação, no atual momento histórico, não se refere a sua capacidade de produzir, reproduzir ou transmitir informações, mas sim, reconhecer o que é importante ensinar e, de fato, como utilizar a informação para gerar conhecimento. Nessa perspectiva, uma atenção especial no desenvolvimento de material didático para uso em cursos na modalidade de educação a distância – EAD assume uma função estratégica para o alcance dos seus objetivos, principalmente quando o curso buscar promover a formação de profissionais da saúde que, longe dos grandes centros ou por falta de tempo, não possuem condições de acesso ou de horário para frequentar cursos presenciais.

Como ponto referencial para a área da saúde, o material didático deve atender os princípios basais de uma pedagogia que considere o aluno como o centro do processo de aprendizagem, mesclando o uso de recursos didáticos, como textos, vídeos e acesso a bibliotecas e ambientes virtuais, com a interação de tutores preparados para articular formação com informações complementares, ou seja, um material onde co-existam uma estrutura básica e as especificidades regionais.

Em outras palavras, não se pode separar forma de conteúdo. O objetivo deve ser o de preparar material didático integrando o conteúdo à tecnologia, às estratégias de aprendizagem com as de ensino. Desta forma, ampliando o acesso à formação de qualidade, a qualificação de profissionais ganha mais capilaridade atendendo as demandas do SUS por recursos humanos aptos a interagir em situações locais, sem perder o foco no global.

Agora surge a grande questão: nós, docentes da área da saúde, estamos preparados para desenvolver material ou interagir com essa modalidade de educação (EaD)?  

O link a seguir é de um artigo onde a autora (Marluce Alves Nunes Oliveira) provoca, como ela mesmo define, uma reflexão sobre a importância da Educação Permanente em Saúde (EPS) na promoção do processo de mudança nos docentes .

Nosso dever como professor é, além da permanente atualização, compreender e incorporar na nossa prática docente as novas mídias como ferramentas. Caso isso não ocorra, seremos socialmente classificados como docentes obsoletos. Você já pensou nisso?

Anderson Boanafina

Rio de Janeiro, 04 de Janeiro de 2012 

Link Artigo: Educação à Distância como estratégia para a educação permanente em saúde: possibilidades e desafios

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ESTAMOS NA ERA DA OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA DOS DOCENTES?

Em breve iniciaremos mais um ano letivo e, mais uma vez, ouviremos que a qualidade da educação nas escolas brasileiras está aquém das necessidades de crescimento do nosso país. E, muito provavelmente, ouviremos, também, que o problema está na formação docente ou na falta de qualidade dos cursos de licenciatura.      

De fato, enquanto os alunos enfrentam a odisséia da busca de aprender algo significativo para a sua vida, os professores encontram, no ato de ensinar, o desafio de relacionar informações, representadas em diferentes formas, para ajudar seus alunos na construção do conhecimento.

Saber vencer as barreiras existentes no ato de ensinar passa, necessariamente, pelo tema “formação de professores”. Embora muito discutido, o tema ainda encontra a resistência de muitas universidades em mudar/atualizar seus currículos, preferindo manter em seus cursos de licenciatura um viés mais conteudista deixando de estimular, nos futuros docentes, a construção de competências necessárias para dar sentido aos conteúdos programáticos das suas respectivas disciplinas.

A formação docente, como preconiza a LDB, reflete no aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico (LDB 9394/96, Art 35). Ou seja, no preparo de pessoas com autonomia para posicionar-se criticamente frente aos desafios impostos por um mundo sem fronteiras, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade onde vive.

Contudo, vale ressaltar que identificar os problemas, geralmente, é a parte mais fácil. Dificil é encontrar e implementar solução(ões). Consequentemente, na área da educação o problema não está, somente, no pedagógico. Como alerta meu amigo Pedro em seu artigo (no link),
“Muitos dos temas controvertidos em Educação têm suas origens não em aspectos pedagógicos ou metodológicos, mas em questões Culturais, Sociais e Políticas mais amplas e complexas do que os que antecedem e determinam. Isso inclui os critérios de Qualidade em Educação e possibilidades para a sua avaliação e traz consequências para a forma como avaliações de qualidade de ensino são concebidas e encaminhadas.”

Assim, convido  vocês, meus amigos leitores, a ler o artigo “Avaliação da qualidade docente” de Pedro Flexa Ribeiro, que nos ajuda a pensar um pouco mais sobre a formação docente e a sua influência no ambiente escolar.

Ah! sobre o título dessa postagem....acho melhor cada um responder após a leitura do artigo!
Anderson Boanafina (Rio, 03/01/2012)

Link Artigo: Avaliação da qualidade docente